sexta-feira, 24 de junho de 2011

Euro: vantagens e desvantagens

EURO é a moeda única de 17 estados membros da União Europeia: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta, Países Baixos e Portugal.

Antes de enunciar as vantagens e desvantagens do Euro, primeiro, uma pequena introdução de economia:

A taxa de Câmbio é usada nos países que têm moeda própria; é o valor da moeda de um país em relação aos outros. Se houver um grande défice na balança de transacções corrente o país pode incentivar as exportações provocando uma depreciação da sua moeda (ou seja, fazendo com que ela perca valor face às outras).

Depreciação da moeda:
• exportações mais baratas em moeda estrangeira-->aumenta a competitividadeincentiva exportações
• as importações que o país realiza são mais caras na sua moeda--> incentiva-se a substituição de produtos importados por produção interna.

O aumento das exportações e o efeito sobre as importações conjugam-se assim para reduzir o défice da balança de transacções correntes.

A depreciação da taxa de câmbio é um instrumento de política económica que hoje em dia não pode ser utilizada em portugal em virtude de j´´a não dispormos de moeda própria (o malogrado escudo)  pois aderimos ao Euro, o que significa, que por adesão à moeda única a economia portuguesa perdeu uma arma importante para combater a existência de eventuais défices externos.

Na ausência de depreciação cambial a redução do défice faz-se por :



*aumento de impostos.


*redução da despesa pública (cortes nos serviços públicos como educação e saúde e despedimentos da função pública).


Este é um processo muito pouco eficaz de redução do défice externo uma vez que não actua sobre as exportações e pode provocar altos níveis de desemprego.

Tradicionalmente eram as autoridades dos estados (governo, parlamento, banco central) que dividiam entre si a responsabilidade de definir e executar a política económica.
No entanto intensificaram-se os processos de integração regional no domínio económico e monetário de que é exemplo a União Europeia.
No caso da União Europeia a política monetária da zona Euro é definida por um órgão supracional: o BCE (Banco Central Europeu) enquanto as actuações sobre as finanças públicas são da responsabilidade de cada estado, embora definidas pelo tratado de Maastricht.
O tratado de Maastricht, ou tratado da União Europeia teve como principal objectivo a génese da UEM (União Económica e Monetária), que teve como corolário a criação da moeda única, o Euro. O projecto da UEM é entendido frequentemente como a última fase do processo de criação do Mercado Único caracterizado pela livre circulação de pessoas, mercadorias, serviços e capitais.


Com o incremento da independência das unidades monetárias grande parte dos governos deixou de poder recorrer à emissão de moeda para financiar os seus défices públicos, é o próprio tratado de Maastricht que não permite até que o Banco Central Europeu financie os défices públicos dos países que aderiram à União Europeia e Monetária e exige maior rigor e contenção das despesas públicas.

Políticas dos estados aderentes ao Euro:
* Os Estados participantes são obrigados a manter um défice orçamental baixo de modo a garantir a estabilidade económica a longo prazo, necessária à manutenção de taxas de juro baixas, ncentivadoras do investimento e criação de emprego. Neste sentido foram criados mecanismos destinados a monotorizar eventuais défices excessivos (mais de 3% do PIB) e inclusivamente a penalizar eventuais Estados faltosos, é o denominado PEC (Pacto de Estabilidade e Crescimento).
Os países que não se incluam na zona Euro manterão liberdade sobre as suas políticas monetárias.
A definição de política cambial da zona Euro cabe à Eucofin (Conselho de ministros da economia e das finanças), mas a sua execução é da competência do BCE.

Adesão ao Euro



Vantagens:
1) a integração de Portugal num espaço económico com uma moeda única reforça a credibilidade da economia portuguesa. 1)Perda de autonomia das políticas monetária e cambial nacional como instrumento de macroeconomia interna. Com efeito, a condução de uma política monetária única- definida pelo BCE para toda a zona Euro- significa que eventuais problemas específicos que venham a afectar a economia portuguesa (recessões económicas, aumentos dos diferenciais de inflação face à média comunitária, agravamento da competitividade-preço e aposta limitada nos factores intangíveis de competitividade, choques económicos adversos,etc) já não poderão ser tratados através de variações das taxas de juro e de desvalorização cambiais.
2) Eliminação do risco cambial e dos custos de conversão nas transacções com o exterior liquidadas nessa moeda, o que é um benefício significativamente importante devido ao elevado grau de abertura da economia ao exterior.
3) Condução da política monetária única a definir pelo BCE
4) A integração europeia e em particular a integração monetária funciona como um estímulo à modernização e ajustamento estrutural da economia. 2) O grande poder e independência do BCE pode levar a que se sigam na zona Euro políticas macroeconómicas que privilegiem a todo o custo a estabilidade dos preços em prejuízo do crescimento económico e do emprego, o que afectará especialmente as economias menos desenvolvidas da EU.
6) reforço e reequilíbrio da competitividade e internacionalização da economia portuguesa.

Desvantagens:
1)Perda de autonomia das políticas monetária e cambial nacional como instrumento de macroeconomia interna. Com efeito, a condução de uma política monetária única- definida pelo BCE para toda a zona Euro- significa que eventuais problemas específicos que venham a afectar a economia portuguesa (recessões económicas, aumentos dos diferenciais de inflação face à média comunitária, agravamento da competitividade-preço e aposta limitada nos factores intangíveis de competitividade, choques económicos adversos,etc) já não poderão ser tratados através de variações das taxas de juro e de desvalorização cambiais.

2) O grande poder e independência do BCE pode levar a que se sigam na zona Euro políticas macroeconómicas que privilegiem a todo o custo a estabilidade dos preços em prejuízo do crescimento económico e do emprego, o que afectará especialmente as economias menos desenvolvidas da EU.

O alargamento recente da UE aos países da Europa Central e de Leste, constitui outro grande desafio que a economia portuguesa tem de enfrentar: aumentou a concorrência destes países com especialização sectorial semelhante á de Portugal (têxteis, vestuário e calçado). esta situação é ainda agravada com a liberalização do comércio internacional, sob a égide da Organização Mundial de Comércio e com a emergência da China e da Índia neste comércio.