segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Portugal no top de compradores de armas: submarinos tornaram Portugal o melhor cliente da indústria bélica alemã


cartoon alusivo à mensagem interceptada pelo Wikileaks na qual  americanos diziam que Portugal adquiria brinquedos caros (submarinos) porque tinha complexo de inferioridade...a verdade é que foi muito mais que isso



Fonte: revista Visão de 19 a 25 de Janeiro

 A compra de dois submarinos a um consórcio alemão liderado pela Ferrostal catapultou Portugal para o top 10 dos países que mais dinheiro gastaram em armamento, durante 2010. Essa compra para a Marinha contribuiu também significativamente para o crescimento, no mesmo ano, das exportações germânicas de equipamento bélico. Segundo o SIPRI, um reputado instituto de estudos da paz, com sede em Estocolmo, Portugal ocupou o 6ª lugar nos países que mais dinheiro gastaram com armas- uma posição acima dos EUA. O topo da tabela, na qual Portugal passou de 17º, para 6º é ocupado pela Índia, Paquistão, Coreia do Sul e Singapura.
E enquanto, entre nós, ainda estão por apurar os benefícios económicos resultantes das contrapartidas que o consórcio vendedor deveria dar à economia portuguesa, com todo o processo a descambar em duas ações judiciais, com suspeições de corrupção e fraude pelo meio, o Governo de Berlim já fez as contas aos benefícios que aquela economia determinou para a indústria alemã. Segundo os dados de um relatório do Ministério alemão da Economia, as exportações germânicas de material militar aumentaram 58,3% em 2010, face ao ano anterior (57,3% das exportações militares foram para Portugal e Grécia): " isso deveu-se ao efeito extraordinário do fornecimento de navios de guerra aos parceiros da NATO, Portugal e Grécia", lê-se no documento a que a Visão teve acesso.
A encomenda portuguesa representou, nesse ano, um total de 38,3% das exportações alemãs de armamento.  Aliás, com 811,7 milhões de euros pagos por Portugal à Ferrostal pelos submarinos, o nosso país foi mesmo o melhor cliente da indústria militar alemã.
Recorde-se que a compra, assinada em 2004, pelo atual ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas (então ministro da defesa, teve para o erário público um custo superior a 1000 milhões de euros se forem incluídos os custos financeiros.

jornalista: Francisco Galope


Incrível não é? assim é mais fácil entender o buraco negro sorvedouro de dinheiros públicos que nos mergulhou nesta dívida astronómica...1 bilião de euros em submarinos inúteis? ouvi comentadores na TV a dizerem que os submarinos nem saem do alfeite, não podem atracar em lado nenhum e um até estava avariado! E já agora para quê dois submarinos? ou até mesmo um? Já para não dizer que o presidente alemão esteve envolvido neste esquema tendo admitindo ter cometido corrupção num programa de TV e pedido "desculpa", os cidadãos alemães indignaram-se e exigiram a sua demissão tendo ele acabado de por se demitir...aqui o Sr dos submarinos Paulo Portas voltou a ser eleito pelos tontos dos portugueses...
O alemão demitiu-se pois foi descoberto o escândalo de que usava a sua influência para ter vantagens financeiras...eu cá conheço um país em que isso dá direito a promoção...
Já para não enfatizar o facto de os melhores clientes da indústria militar alemã foram os tão endividados e preguiçosos do Sul: Portugal e Grécia...que mesmo endividados compraram submarinos inúteis.
Não defendo nenhuma das partes pois o que aconteceu foi corrupção de ambas as partes: mais uma vez a Alemanha cresce à custa dos países mais frágeis contribuindo para o seu endividamento, coisa que só e só é mesmo possível se os governos compradores se venderem à corrupção, corrupção essa que como se sabe grassa especialmente no Sul da Europa nomeadamente Itália, Portugal e Grécia...ora aí está o resultado: com corrupção todos pagam!

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